quinta-feira, 6 de agosto de 2009

EVANGELISMO:JESUS É O MESSIAS PROFETIZADO NAS ESCRITURAS JUDAICAS.

JESUS É O MESSIAS PROFETIZADO NAS ESCRITURAS JUDAICAS. (AD Jd. Helena 24/07/09)

POR Alan G. de Sá (www.manejandobemapalavradaverdade.blogspot.com)

(Lucas 4.14-21)

 

As profecias bíblicas tratam, entre outros temas, de dois temas importantes e centrais nas Escrituras: Israel e a vinda do Messias. Sobre este segundo tema, elas são mais numerosas e detalhadas do que as que dizem respeito a Israel.

Várias profecias concernentes a primeira vinda de Jesus Cristo foram cumpridas em seu primeiro advento. Arthur T. Pierson (1837-1911) afirmou que há cerca de 332 referências a Cristo, no A. T. Que foram expressamente citadas no N. T. Apenas um Deus onisciente pode realizar tal feito.

Para podermos falar sobre algumas profecias do Antigo Testamento referentes a vida e obra de Jesus Cristo, precisamos antes falar da seguinte verdade: Que Jesus Cristo não é um mito, mas uma pessoa histórica real, assim como narrado nas escrituras.

A Realidade Histórica de Jesus Cristo, conforme narrada nos Evangelhos

Quem é Jesus Cristo? Ele realmente existiu? Tudo o que a Bíblia fala nos evangelhos a seu respeito é verdade? Todo este facínio que Jesus Cristo ainda causa hoje comprova a magnitude de sua influência e a importância de sua pessoa. A história da humanidade é dividida antes a após Ele.

Entretanto durante os séculos tem-se levantado muitas questões em volta de sua pessoa. Há quem diga que Jesus na verdade nunca existiu sendo sua crença uma invenção que surgiu de uma espécie de “culto ao Salvador” provavelmente entre os essênios e que depois foi identificado com Jesus; outros chegaram a afirmar que o Jesus do cristianismo histórico seria provavelmente uma lenda.

Há também quem diga que existiu um Jesus, mas não é o mesmo Jesus Cristo narrado no Novo Testamento. Por exemplo, David Friedrich Strauss (1808-1874), escreveu um livro chamado “Vida de Jesus”, onde falava dos muitos mitos escritos nos evangelhos. Ele, teólogo alemão, chegou a conclusão de que a história de Jesus é quase inteiramente mitológica, colocando em questão a sua realidade histórica.

Um outro escritor que também levantou a questão sobre a realidade histórica de Jesus foi o teólogo Rudof Bultmann (1941), que também provocou grande agitação no mundo bíblico e teológico ao dizer na sua obra “O Novo Testamento e a Mitologia” que os escritores do Novo Testamento tentaram escrever a realidade de acordo com o ponto de vista deles, como eles entendiam suas próprias existências, sem retratarem a realidade, sendo a verdadeira história deixada em segundo plano para que fosse contada apenas a história religiosa. Bultmann declarou: “Tudo o que resta de Jesus é uma chamada escatológica à decisão; o retrato de sua pessoa e obra desapareceu”.

Porém, nos últimos tempos, descobertas arqueológicas tem dado nova luz a estas questões e vem provando a veracidade dos escritos da Bíblia, do N. T. e sobre Jesus Cristo, eventos e pessoas ligadas a ele, através de seus achados. Por exemplo:

Em 07 de maio de 2007, a Universidade Hebraica de Jerusalém, anunciou a descoberta do Herodium a 12 km de Jerusalém, o túmulo de Herodes o grande que ordenou a matança dos inocentes por medo de perder o seu trono, conforme conta Mateus (Mt 2.13-18). Esta descoberta foi feita pelo professor Ehud Netzer, que escava o local desde 1972, tendo seu trabalho interrompido algumas vezes por guerras locais e atos de terrorismo. clip_image004

Heródium- Palácio e tumba de Herodes, o Grande.

Um outro achado aconteceu em 1990, quando trabalhadores que estavam construindo um parque aquático na Floresta da paz em Jerusalém, que fica ao sul do monte do templo, acidentalmente encontraram uma câmara mortuária com 12 ossuários de calcário. Um dos ossuários era bem ornamentado e decorado com rosáceas talhadas, mostrando que pertencia a alguém rico ou de alta posição. Em dois lugares lia-se: Qaifa e Yosef bar Qaifa (“Caifás, José, filho de Caifás”). O Novo testamento o chama apenas de Caifás, mas Josefo apresenta o seu nome completo: “José, que era chamado Caifás do sumo sacerdócio”. Dentro havia os ossos de seis pessoas diferentes, inclusive de um homem de 60 anos, que provavelmente seja os de Caifás. Caifás é conhecido nos relatos dos evangelhos como aquele que profetizou que Jesus morreria pela nação, pondo em andamento o plano de matá-lo e presidindo o julgamento de Jesus, condenando-o após Jesus ter afirmado ser o Messias (João 11.49-53; 18.14; Mt 26.57-68).

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Ossuário de Caifás

Poderíamos acrescentar outros achados comprovando a realidade do cenário dos dias vividos por Jesus e os personagens do N.T., porém, para objetivo de nosso estudo, podemos concluir com o mais contundente e comovente de todos:

Em 1968, foi descoberto os restos mortais de um homem crucificado em regiões de em subúrbio do norte de Jerusalém, em um ossuário da época de Jesus. O seu nome “Yohanan bem Ha’galgol” foi baseado na escrita em aramaico do ossuário. A evidência significativa da crucificação deste homem foi um osso de tornozelo ainda perfurado por um cravo de crucificação, tendo 17,7 cm de comprimento e ligado a um pedaço de madeira de cruz encontrado neste ossuário.

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Osso de calcanhar encontrado em 1968, que comprova a pratica da crucificação pelos romanos nos dia de Jesus, conforme relato dos evangelhos.

Esses e outros achados arqueológicos comprovam a veracidade do Novo Testamento, assim como a realidade histórica de Jesus Cristo. A partir da verdade da realidade histórica de Jesus, conforme narrada nos evangelhos, podemos afirmar que este Jesus é o Messias prometido através das profecias contidas nas Escrituras Sagradas.

JESUS CRISTO ATRAVÉS DE SUA VIDA PROVOU SER O MESSIAS PROFETIZADO NAS ESCRITURAS HEBRAICAS.

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Nenhum dos discípulos de Jesus nem João Batista poderiam crer que Jesus, o Messias, seria crucificado. Na verdade, essas profecias eram ignoradas, pois a morte dele até parecia uma prova de que ele não era o Messias. As profecias referentes a sua morte como por exemplo Sl 22.16; Is 53.5,8-10; Zc 12.10, etc, eram evitadas pelos judeus, pois afinal como poderia o Messias subir ao trono de Davi e estabelecer um reino e uma paz sem fim (Isaías 9.7) e ao mesmo tempo ser rejeitado e crucificado pelo povo?

A verdade é que a morte de Cristo segundo as profecias ocorreu para pagar a penalidade de nossos pecados. Porém existia uma maneira de reconciliar essas aparentes contradições: O Messias deveria vir duas vezes, sendo que na primeira vez ele viria para morrer pelos nossos pecados e a sua segunda vinda, para reinar assentado sobre o trono de Davi.

Porém essas verdades se tornaram claras para os discípulos apenas após a ressurreição de Jesus Cristo. Podemos vê-lo falando as seguintes palavras aos tristes discípulos que vinham pelo caminho de Emaús:

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“Ó néscios e tardos de coração para crerem tudo que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória? E começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”.(Lucas 24.25-27).

E ainda aos temerosos discípulos ele declarou, após se mostrar vivo:

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“E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras”.(Lucas 24.44-45). Que ensinos maravilhosos, terem as Escrituras interpretadas pelo próprio Senhor!

Em suas pregações seguintes, vemos que os apóstolos pregavam baseados nestas interpretações das profecias dadas por Jesus a seu respeito, profetizadas nas Escrituras:

“Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; a este foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós o crucificaste e matastes pelas mãos de injustos (...) Deus o ressuscitou (...) por que dele disse Davi (...)” Atos 2.22-31. Nesta passagem, Pedro faz a citação de Salmo 16.8-11, como cumprimento de uma profecia sobre a ressurreição de Jesus Cristo.

Vemos principalmente na pregação de Paulo que ele, através das profecias do Antigo testamento referentes ao Messias, provava que Jesus era o Messias, o Salvador do mundo: “Paulo... por três sábados arrazoou com eles (os judeus em sua sinagoga) acerca das Escrituras... que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos... é o Cristo (Messias), Jesus, que vos anuncio”. (Atos 17.2-3).

Os judeus esperavam que o messias fosse “Filho de Davi”. Isaías 11.1 diz: “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de Sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”.

Também esperavam que ele fosse “Filho de Abraão. Gênesis 12.1-3, Deus diz a Abraão: “E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Paulo afirma em Gálatas 3.8 que “Deus sabendo que havia de justificar pela fé, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.” Ver também Gálatas 3.16.

Mateus ao escrever para judeus o seu evangelho de Jesus Cristo, ele parte da seguinte verdade bíblica: “Livro da geração de Jesus Cristo, FILHO DE DAVI, FILHO DE ABRAÃO”.(Mt 1.1).

São muitas as profecias referentes a Jesus Cristo no Antigo Testamento, mas podemos citar algumas principais:

Gênesis 49.9,10: O cetro foi arredado de Judá depois do nascimento de Jesus Cristo, por volta do ano 7, quando os judeus perderam o direito de decretar a pena de morte por causa do domínio romano. Essa profecia diz que enquanto aquele a quem pertence o cetro não viesse, o cetro não seria tirado de Judá.

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Por isso Jesus é chamado de o Leão da Tribo de Judá, ressaltando sua realeza (Ap.5.5).

Isaías 7.14 e 9.6,7: as palavras de abertura e encerramento de um simples oráculo predizendo que uma virgem geraria um filho cujo caráter seria divino (Mt. 1-18-25; Lc. 1.30-35).

Isaías 61.1-3: A unção do Messias e seu ministério de libertação (Lc. 4.17-21).

Daniel 9.25,26ª: A única previsão de uma data para a vinda do Messias. 69 semanas de anos, isto é 483 anos) a partir do decreto para a reconstrução dos muros de Jerusalém no reinado de Atarxerxes (Ed 7.11-13 e resultado Ne 2.1-8;3.1), até a chegada do messias em Jerusalém como Príncipe (cf. Jo 12.12-15).Em Zacarias 9.9 mostra como ele cumpriu esta profecia montado em um jumentinho, segundo alguns estudiosos no ano 32, em 6 e abril (10 de Nissan). Alguns dias depois disso, Jesus foi morto na cruz, exatamente como diz a profecia de Daniel: depois disso o Messias será tirado (Morto)!

Miquéias 5.2: fala do local de seu nascimento. Era muito difícil de se cumprir esta previsão do nascimento do Messias, levando-se em conta que sua mãe vivia mais de 150 Km ao norte em Nazaré (Mateus 2.4-6; Lucas 1.16; 2.1-7)

Isaías 52.13-53.12 Fala de seus sofrimentos e da sua morte pelos pecadores.

Essas e outras profecias cumpridas na primeira vinda de Jesus Cristo, comprovam que ele é o Messias prometido por Deus e que assim como estas profecias relacionadas a sua primeira vinda se cumpriram literalmente, sua segunda vinda é certa. Você já entregou seu coração para Jesus Cristo, convidando-o para perdoar o seu pecado, e ser o seu Senhor e Salvador?

Por Alan G. de Sá

BIBLIOGRAFIA

PRICE, J. Randall. Pedras que Clamam. 1ª Edição. Rio de Janeiro, 2001.Ed. CPAD

CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. 7ª edição. São Paulo, 2004 Ed. Hagnos.

BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL. Ed. CPAD.

BÍBLIA NOVA VERSÃO INTERNACIONAL. Ed. VIDA.

BÍBLIA DE JERUSALÉM. Ed. PAULUS.

LAHAYE, Tim. Bíblia de estudo profética. Editora Hagnos.

DICIONÁRIO BÍBLICO WICLIFFE, Ed. CPAD.

HUNT, Dave. A mulher montada na besta. A igreja católica romana e os últimos dias. Porto Alegre, 2001. Ed. Actual.

NA INTERNET:

Imagens Google.

http://www.advilaparanagua.com.br/paginas/arqueologia.html

http://scienceblogs.com.br/carbono14/2009/04/um_crucificado_chamado_joao.php

http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL730764-9982,00-PESQUISA+SOBRE+JESUS+HISTORICO+RETRATA+CRISTO+MAIS+HUMANO+MAS+NAO+AMEACA+FE.html

http://www.christiananswers.net/portuguese/q-abr/abr-a026p.html

http://artedartes.blogspot.com/2009/05/cristianismo-reconstituicao-historica.html

Um comentário:

  1. Gostei muito da lição, objetiva e esclarecedora.Trago comigo uma dúvida antiga e talvez os senhores possam ajudar-me. Qual é a tradução original: PESCADORES DE ALMAS ou PESCADORES DE HOMENS ? Agradeço, desde já, a atenção dispensada pelos irmãs.

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