quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A REFORMA PROTESTANTE

A REFORMA PROTESTANTE

 "A causa teológica da Reforma foi o desejo dos reformadores de voltar á fonte clássica da fé cristã, a Bíblia, a fim de refutar o ensino da teologia tomística segundo a qual a salvação era obtida através dos sacramentos da graça ministrados pela hierarquia."
 
1. A REFORMA PROTESTANTE E SUAS INTERPRETAÇÕES
Por Joaquim, Marcos José e Alan, alunos do 3º ano da FAESP.

Não há como negar a influência da Reforma Protestante em nosso século. Qualquer livro de história que aborde o tema: “Baixa Idade Média e início da Idade Moderna”, tem, obrigatoriamente, a necessidade de discorrer sobre um dos principais marcos dessa época: a Reforma Protestante, liderada pelo Monge da ordem dos agostinianos Martinho Lutero. Embora seja extremamente velho (pouco mais de 500 anos), trata-se, porém, de um tema ainda vivo e em debate hoje em dia.
Mas o que é a Reforma Protestante? Por que começou? Quais formas suas principais causas? Quem foram seus líderes? Todas essas explicações são influenciadas pela interpretação que os historiadores dão a Reforma Protestante. A ênfase sobre um ou outro fator histórico depende da escola de interpretação.

1.1 Os historiadores Protestantes

Interpretam a Reforma como um movimento religioso que procurou redescobrir a pureza do cristianismo primitivo como descrito no Novo Testamento. Esta interpretação tende a ignorar os fatores econômicos, políticos e intelectuais que ajudaram a promover a Reforma.

1.2 Os historiadores católicos Romanos

Interpretam a Reforma como uma heresia inspirada por Martinho Lutero por interesses
Pessoais, entre eles, a sua vontade de casar. O protestantismo é visto como um cisma herético que destruiu a unidade teológica e eclesiástica da Igreja Medieval. Os historiadores Romanos se esqueceram que no período da reforma, muitas barbaridades e anomalias foram vistas dentro da Igreja Romana, gerando muitos protestos que não foram atendidos e que finalmente resultaram na Reforma.

1.3 Os historiadores Seculares

Dão mais atenção aos fatores secundários em sua ótica sobre a Reforma. O historiador Voltaire ilustra muita bem a interpretação racionalista. Para ele, a Reforma Protestante foi apenas a conseqüência de uma briga de monges da Saxônia e, na Inglaterra, a Reforma religiosa não deixou de ser apenas resultado de um caso de amor de Henrique VII. É claro que tais conjecturas fazem parte da História. Mas resumir, de tão nobre movimento, pelos quais pessoas sacrificaram suas próprias vidas, que somente essas ocorrências seriam suficientes é falta de vontade de analisar exegeticamente os fatos.

1.4 Os historiadores Marxistas

Determinam que a Reforma aconteceu devido a questões econômicas. Ela é vista como resultado da tentativa do papado romano de explorar economicamente a Alemanha para lucro próprio. Seria o resultado da oposição de nações-estado a uma igreja internacional. Para eles, a reforma foi um simples episódio político de origem nacionalista.
Embora haja elementos de verdade em todas as interpretações, é preciso, porém, notar que suas ênfases, em geral, recaem sobre causas secundárias e, quase sempre, uma causa secundária particular. A Reforma não se explica de maneira tão simplória. Suas causas são múltiplas e complexas.

2. AS CAUSAS DA REFORMA PROTESTANTE
Analisando todo o contexto da época da reforma, podemos definir os seguintes fatores como causa da reforma protestante:

2.1 O fator político.

Pode-se considerar o fator político uma das causas indiretas importantes para a eclosão da Reforma. As novas nações-estado centralizadas no noroeste da Europa se opunham à noção de uma igreja universal que reivindicava jurisdição sobre a nações- estado e seu poderoso governante. O ideal universal colidia com a consciência nacional emergente das classes desses novos estados.
Esse problema político elementar tornou-se mais complicado por questões específicas. É bom lembrar que as nações que aceitaram o protestantismo durante a reforma estavam localizadas fora da órbita do velho Império Romano, cujas poderosas classes médias tinham uma ótica cultural diferente das nações latinas.
Os governantes dessas nações-estado rejeitavam a jurisdição do papa sobre seu território; jurisdição esta temporal e espiritual, uma vez que a Igreja Romana possuía grandes propriedades de terra em toda a Europa.
O governo nacional e sua administração civil se opunham á hierarquia religiosa internacional da Igreja Romana. No caso da Inglaterra, o rompimento de Henrique VIII com a Igreja de Roam aconteceu devido à discussão se o divórcio do rei era um assunto internacional para o papa decidir ou era um problema nacional que o clero resolveria.

2.2 O fator econômico.

Esse fator não pode ser descartado pelo historiador cristão, mesmo que não aceite a interpretação materialista de Marx ou dos economistas deterministas. As terras da Igreja Romana na Europa ocidental eram cobiçadas pelos governantes nacionais, pela nobreza e pela classe média das novas nações-estado. Os governantes lamentavam a perda do dinheiro enviado para o tesouro papal em Roma. Ademais, o clero estava isento dos impostos dos estados nacionais.

2.3 O fator intelectual.

O fator intelectual na Reforma deve-se à postura crítica adotada por homens de mentes lúcidas e secularizadas diante da vida religiosa dos seus dias como proposta pela Igreja Católica Romana.
Ao aumentar numericamente, a classe média tornou-se individualista e começou a se revoltar contra o conceito corporativista de sociedade medieval que colocava o indivíduo debaixo de autoridade.
O humanismo da Renascença, especialmente na Itália, criou um espírito secular semelhante àquele que caracterizou a Grécia clássica. Mesmo os papas da renascença assumiriam esse modo de vida intelectual e secular. Esse espírito e essa abordagem surgiram do interesse dos estudiosos em voltar às fontes do passado intelectual do homem. Ao comparar a sociedade hierárquica corporativa em que viviam com a liberdade intelectual e o secularismo da sociedade grega, associados ao princípio de liberdade proposto pelas Escrituras, as pessoas duvidavam da validade das pretensões da Igreja de Roma e de seus líderes. Começaram, então, a enxergar horizontes intelectuais mais amplos. O interesse das pessoas era agora mais pela vida secular do que pela religiosa.

2.4 O fator moral.

O fator moral da Reforma está intimamente relacionado ao intelectual. Os estudiosos humanistas, que possuíam o Novo Testamento em grego, perceberam logo as discrepâncias entre a Igreja da qual liam no Novo Testamento e a Igreja Católica Romana que viam. A corrupção atingira todos os escalões da hierarquia da Igreja Romana. Os clérigos compravam e vendiam cargos livremente. Muitos tinham sinecuras que permitiam receber salários sem prestar a assistência religiosa que deviam. Muitos ocupavam vários cargos de uma vez, como Alberto de Mainz, cujo representante, de nome Tetzel, recebeu de Lutero uma dura oposição na Saxônia.

2.5 Mudança na estrutura social.

Mudanças na estrutura social aumentaram a decepção das pessoas com a Igreja Romana. O surgimento das cidades e de uma próspera classe média urbana criou um espírito novo de individualismo. A nova economia do dinheiro libertou os homens da dependência do solo como principal meio de vida. Os membros da classe média não eram tão dóceis como haviam sido seus antecessores feudais, e mesmo da classe média não eram tão dóceis como haviam sido seus antecessores feudais, e mesmo os artesãos das cidades e os lavradores começaram a entender que nem tudo estava bem numa ordem social em que eram oprimidos por uma minoria. A insatisfação social e a premência de uma mudança forma um fator social fundamental na irrupção da Reforma.

2.6 O fracasso da Igreja Romana em cumprir seu papel.

O fracasso da Igreja em satisfazer as reais necessidades do povo constituiu o fator teológico ou filosófico da Reforma. Alguns dão tanta ênfase a esse elemento que parecem ver a Reforma apenas como uma luta entre a Teologia de Tomás de Aquino e a de Agostinho. Realmente, a Igreja Medieval adotou a filosofia de Tomás de Aquino, que não ensinava estar à vontade do homem totalmente corrompida. Pela fé e pelo uso dos meios de graça nos sacramentos ministrados pela hierarquia, o homem poderia alcançar a salvação.
Agostinho cria que à vontade do homem estava corrompida de tal modo que ele nada poderia fazer pela sua salvação. Deus outorgava a graça ao homem para dinamizar a sua vontade a fim de que pudesse pela fé, aceitar a salvação que Jesus oferecia.
A causa teológica da Reforma foi o desejo dos reformadores de voltar á fonte clássica da fé crista, a Bíblia, a fim de refutar o ensino da teologia tomística segundo a qual a salvação era obtida através dos sacramentos da graça ministrados pela hierarquia.


2.7 Lutero: O Grande Líder da Reforma.

Geralmente, quando uma inquietação se torna de tal modo extensa diante das dificuldades que os homens enfrentam, as suas insatisfações se expressam através de algum grande líder que veicula suas idéias. A igreja Católica Romana quando tornou-se incapacitada de reformar a si mesma ou aceitar a Reforma, abriu as portas para o surgimento de um líder disposto a fazer as Reformas necessárias.
Esse foi o papel de Martinho Lutero, que encarnou bem o espírito da Reforma, especialmente na insistência desta sobre o direito do indivíduo em ir diretamente a Deus através de Cristo, conforme ensinado nas Escrituras.
O escandaloso abuso que era o sistema de indulgências na Alemanha foi a causa direta da eclosão da Reforma nesse país.
A Reforma não foi um acontecimento isolado, mas esteve intimamente ligada à Renascença e a outros movimentos que forçaram o nascimento da era moderna no sécuo XVI.
As igrejas protestantes que surgiram desse levante eram diferentes daquelas que se separaram da Igreja Medieval, mas todas tinham a Bíblia como autoridade final. Lutero conservou na liturgia muitas práticas não proibidas pela Bíblia. A Igreja Anglicana distanciou-se um pouco mais que os Luteranos do ritual e da prática Medieval; mas deve-se salientar que tanto essa como aquela rejeitavam o sistema sacramental hierárquico da Igreja Romana. As igrejas reformadas e presbiterianas, que seguiram Calvino na França, Holanda, Escócia, Suíça e Hungria, refutaram todas as práticas que não entendiam estar de acordo com o Novo Testamento. Os anabatistas fizeram a ruptura mais radical de todos os grupos reformadores, ao procurar criar uma igreja de crentes por vontade própria modelada segundo os padrões das Igrejas do Novo Testamento. Apenas os povos de origem teutônica no norte e no oeste da Europa aceitaram a Reforma; as nações latinas do sul da Europa em geral continuaram fiéis ao papa e a doutrina do mérito. A Reforma provocou mudanças vitais que fizeram com que uma Igreja católica Romana universal fosse substituída na Europa Ocidental por igrejas nacionais. Essas igrejas tornaram a Bíblia como autoridade final e entendiam que não era necessário nenhum mediador humano entre o homem e Deus para a obtenção da salvação, já adquirida por Cristo na Cruz para todos.



3. BREVE RESUMO DA VIDA DE MARTINHO LUTERO

No dia 10 de novembro de 1483, em Eisleben, cidadezinha da Turíngia, no antigo condado de Mansfeld, uma criança veio ao mundo. Não despertou a atenção do povo nem dos grandes da terra, mas exercia nestes e naquele a poderosa influência de quem transformou o mundo político e religioso. Essa criança era Lutero, o reformador da Alemanha.
Erfurt era a mais afamada das universidades alemãs. Lutero tinha dezoito anos de idade quando seu pai o enviou para lá, em 1501. Jovem de mente aberta a ávido pela instrução, estudou filosofia, ciência que era a base de todas as outras e que abrangia as leis e a forma do pensamento, bem como as línguas, a gramática, a retórica, a história natural e a astronomia.
Lutero estudava com tanta dedicação que no final do terceiro semestre, em 1502, obteve o grau de bacharel. A cerimônia de colação, acompanhando o costume da época, foi revestida de grande pompa, uma festa magnífica.
Apesar de se dedicar aos estudos e de se divertir com os amigos, Lutero era perseguido pelo temor da morte e do julgamento futuro. Sentia um profundo desejo de se tornar piedoso e de satisfazer a justiça divina, por isso jamais iniciava sem orar e sem ir à missa. Costumava rogar a Deus que o abençoasse nos estudos, pois acreditava que orar significava adiantar metade do trabalho. Sempre que tinha tempo, rumava para a biblioteca da universidade e ali mergulhava na leitura de autores antigos.
Um dia, quando tinha por volta de vinte anos, abriu um livro que lhe era desconhecido: a Bíblia. Até então somente havia lido das Escrituras as porções dos evangelhos e das epístolas inseridas no missal. Isso porque a leitura do Livro Santo, que haveria de exercer tão grande influência em sua vida, era proibida pelos padres.
Em junho de 1505, passou alguns dias em Mansfeld, em casa dos pais, ou com a esperança de encontrar ali a tranquilidade e a paz que sempre lhe fugiam, ou para sondar os sentimentos do pai acerca da vida em clausura. Todavia, qualquer que fosse o motivo, o certo é que ao retornar de Mansfeld, um imprevisto determinou qual seria sua vocação.
Caminhava o jovem por uma estrada deserta, quando desabou um terrível temporal. O céu parecia incendiado, e os raios rasgavam as nuvens a toso instante. De repente, Lutero se viu envolto na tempestade e um raio caiu bem a seu lado. Nesse momento, sentiu-se perdido e , transtornado pelo medo ao ver o inferno representado diante de seus olhos, prostou-se em terra e gritou: “Ó santa Ana! Salva-me e me tornarei monge!”. Na mesma noite, 17 de agosto de 1505, ele deixou a sua morada e dirigiu-se ao convento dos agostinianos. Bateu à porta, e esta abriu-se para fechar-se em seguida por trás de um Martinho Lutero transformado agora em um frade agostiniano.
Lutero, o festejado professor, a glória da universidade, entrara para o convento! Ele, que passava os dias a estudar e as noites debruçado sobre os livros, agora submetia-se às regras severas do mosteiro: carregar água, varrer a igreja e as celas dos monges, abrir e fechar as portar e – o que lhe era mais penoso- mendigar.
Confessava-se pelo menos uma vez por semana e com tantas minúcias que até o padre, em muitas ocasiões, achava-se que ele ia longe demais. Lutero lembra: “Cansávamos nossos confessores, e eles nos deixavam espantados com aquela absolvição condicional: “Eu te absolvo pelos méritos de nosso Senhor Jesus Cristo, da Virgem Maria, de tosos os santos de nossa ordem, por causa da confissão de tua boca, da contrição de teu coração e das boas obras que fizeste e ainda farás”.
A absolvição concedida pelo padre não era suficiente. Era necessário ainda que o penitente merecesse o perdão à custa de orações, jejuns, esmolas e contrições. Pois, tão certo como ia para o inferno quem não se confessasse, aquele que não fizesse penitência teria de passar pelo purgatório. Lutero, porém, quanto mais sondava a si mesmo e se confessava, mais se sentia atormentado pela consciência.
Analisando sua vida no convento, Lutero confessou:

Eu era o homem mais miserável da terra. Dia e noite eram gritos e desespero, e ninguém podia ajudar-me. Se um monge pudesse ganhar o céu por suas práticas fradescas, com certeza eu o teria ganho. Todos os religiosos que me conheceram podem dar testemunho disso. De tivesse ficado mais tempo ali, eu me haveria martirizado até morrer, por causa de tantas macerações. Rodeado de trevas, não achava paz em parte alguma.

Foi mais ou menos nessa época que Staupitz,[1] vigário-geral da ordem dos agostinianos na Alemanha, visitou o convento de Erfurt. Era um padre bondoso, amante do evangelho, que deplorava os erros da Igreja Romana e a desmoralização do clero, mas, desejava a paz acima de tudo, por isso era incapaz de usar meios enérgicos para promover uma reforma. A expressão triste e abatida do jovem monge atraiu-lhe a atenção. Desejou falar-lhe em particular. Lutero, animado pela benevolência do vigário-geral, abriu o coração. Falou de sues esforços inúteis para alcançar a santidade: “De que me serve ter entrado para o convento? Todas as minhas boas obras são inúteis”.
Staupitz deu uma Bíblia a Lutero, que desde esse momento empenhou-se na leitura, meditando principalmente nas passagens que falavam da graça de Deus: “O justo viverá pela fé”;[2] “Teria eu algum prazer na morte de ímpio? Palavra do Soberano, o Senhor. Ao contrário, acaso não me agrada vê-lo desviar-se dos seus caminhos e viver?”.[3]
A obra, porém, não podia completar-se em um dia. Lutero tornou-se a passar pelo desânimo e pela dúvida. “Não sou digno de que deus me conceda tamanha graça!”, pensava. “Ah! Como é maravilhoso crer na sua misericórdia!” Somente no decorrer do terceiro ano de sua estada no convento, Lutero conheceu a paz que flui da fé.
Lutero completara 25 anos quando Staupitz o nomeou professor em Wittenberg, no ano de 1508. Prestou exames em 1509 e foi aprovado, recebendo o primeiro grau em Teologia, o bacharelado bíblico, título que lhe conferia a licença de lecionar as Escrituras Sagradas. Mal havia começado, chamaram-no para ser professor da Universidade de Erfurt. Ficou ali três semestres e depois voltou para Wittenberg, porém por pouco tempo. Em 1511, Staupitz escolheu-o para ir a Roma em companhia de outro monge a fim de submeter à consideração do papa as questões pendentes entre alguns conventos agostinianos.
Considerava Roma cidade Santa, não somente porque havia sido regada com sangue dos mártires, mas por ser a morada do chefe da igreja, o representante de Cristo na terra.
Apesar de versado nas escrituras e de haver aceitado a salvação gratuita, Lutero continuava fiel adepto da Igreja Romana. Acreditava firmemente nas tradições e em todos os milagres que ouvia contar. Encontrara a luz, porém as trevas ainda lhe obscureciam a mente. “Depressa, depressa! Vê se acabas de uma vez!”, gritava outro.
Lutero, que imaginava Roma o santuário da piedade, ficou horrorizado com o luxo das igrejas e dos conventos, com a ostentação dos prelados e com a degradação moral e a corrupção que reinavam não somente no povo, mas também no meio do clero e nas ordens monásticas. “Não consigo nem sequer pensar nisso sem estremecer!”, diria mais tarde.
Conta também Lutero que, entre outras infâmias proferidas à mesa pelos cortesãos, ouvia-os comentar, rindo, a forma que as missas eram celebradas. Consagrando o pão e o vinho, diversos padres pronunciavam estas palavras, latim: “Pão és, pão ficarás; vinho és; vinho ficarás”.
O papa Júlio II, recém-chegado de uma guerra , em que se havia derramado muito sangue, residia então em Roma e ocupava-se da construção da basílica de São Pedro.
Lutero, apesar de tudo, continuava suas devoções e peregrinações. Um dia, subindo de joelhos a escada de Pilatos – ato que devia fazê-lo merecedor de indulgência plenária[4] -, ressoou-lhe nos ouvidos como voz de trovão a passagem da epístola ao Romanos na qual havia meditado: “O justo viverá pela fé”. Atingido na consciência, parou e levantou-se de repente. Não acabou a peregrinação.
Ele aproveitou a estada na Itália para tomar lições de hebraico com um célebre rabino. Mas a viagem a Roma foi-lhe de importância crucial: levou-o a conhecer a incredulidade insolente e o sarcasmo escondidos por trás das superstições romanas. O véu caiu, e com isso a fé viva que ele depositava no Salvador fortaleceu-se poderosamente, tornando-se o meio de que Deus se serviu para reformar a igreja.
“Não trocaria por mil florins a minha viagem a Roma”, declararia mais tarde, “porque temeria julgar mal o papa, enquanto agora só digo o que vi”.
Após os exames e as formalidades de costume, Lutero recebeu em 4 de outubro de 1512 o grau de licenciado em teologia. Poucos dias depois foi elevado à dignidade de doutor em teologia. Recebeu as insígnias diante de uma assembléia numerosa e prometeu defender a verdade evangélica e opor-se a qualquer doutrina não aprovada pela igreja. A obediência ao papa não era exigida em Wittenberg, e esse juramento solene foi para Lutero a sua consagração como reformador.
O novo doutor começou logo a ensinar lições bíblicas. Abriu o curso com Salmos, depois explicou as epístolas de Romanos e Gálatas, livros que exerceram poderosa influência em sua conversão. Além dos cursos na universidade, foi encarregado também da instrução teologia dos monges. Sua fama espalhou-se, atraindo de longe novos religiosos a Wittenberg. O convento quase não podia hospedar a todos, e muitas vezes faltava dinheiro para as despesas.
O mosteiro, que nunca fora acabado, tinha somente uma pequena capela em ruínas. Foi nesse acanhado recinto que Lutero passou a pregar o evangelho. Em 1516, foi nomeado pregadoar da cidade de Wittenberg. Cumpriu essas diversas funções com energia, fidelidade e zelo. Às vezes tinha de pregar todos os dias da semana e até três vezes num único dia. Na Quaresma, pregava duas vezes por dia, sem no entanto deixar de cumprir os compromissos com a universidade.
A luz do evangelho ocupou enfim o lugar das trevas. Lutero esforçava-se por conduzir seus ouvintes ao filho de Deus, mostrando-lhes a diferença entre a lei e a graça e a incapacidade do homem para expiar os pecados e tornar-se justo pelos próprios esforços. Assim como João Batista, o precursor do Messias, Lutero conduzia seus discípulos ao Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Não se dava conta de que, pregando a salvação gratuita, fazia oposição direta à Igreja Romana, nem de que seria chamado a sustentar uma guerra por essa doutrina e a lançar os fundamentos de uma nova igreja. Em suas primeiras pregações, Lutero inspirou-se nas tradições da época, citando autores antigos e os pais da igreja. No entanto, logo os descartou para deixar-se guiar unicamente pelo evangelho. O rio poderoso e vivificante de eloqüência cristã que fluía livremente de seus lábios fez dele o primeiro pregador da época.
Em 1516 e 1517, pregou na paróquia de Wittenberg uma série de sermões sobre a Oração Dominical e sobre os dez mandamentos e a relação deste com o evangelho. Em 1517 publicou um comentário dos salmos penitenciais.
O motivo da luta religiosa que culminou na cisão da igreja foi a construção da basílica de São Pedro, em Roma. Leão x, que sucedeu ao papa JúlioII em 1513, lançou-e a esse empreendimento, iniciado na é poça da viagem de Lutero a Roma.O novo pontífice, muito amigo das artes, não teve escrúpulos em recorrer a um tráfico vergonhoso para angariar o dinheiro necessário à construção e à suntuosa decoração do edifício que, segundo a tradição, guardava os ossos dos santos apóstolos Pedro e Paulo. Desde o século VI, as punições eclesiásticas podiam ser pagas com esmolas e legados cedidos por razões de caridade. Mas foram os papas contemporâneos de Lutero, Júlio II e Leão X, que com mais afinco recorreram às indulgências a fim de obter dinheiro, e por meio desse expediente recolheram na Alemanha somas fabulosas.
Este era o princípio em que se assentavam as indulgências: a igreja alegava possuir um tesouro de méritos provenientes das boas obras de Cristo e dos santos, e o papa, como chefe da igreja e representante do filho de Deus, odia dispor dessas riquezas. A responsabilidade era confiada ao vendedor de indulgências, o qual sem dúvidas exigia do penitente o arrependimento e a mortificação interior. O dinheiro, a princípio, apenas livrava o penitente dos castigos infligidos pelo confessor.
Aos poucos, no entanto, o arrependimento foi esquecido. O vendedor de indulgências, nos seus reclamos e pregações, passou a insistir cada vez mais na necessidade da contribuição com dinheiro. O arcebispo fez a concessão desse comércio aos dominicanos e nomeou para comissário João Tetzel, monge de má reputação e tido como imoral. Os escritores da época descrevem a pompa com que o comissário fazia a sua entrada nas cidades. Enquanto todos os sinos tocavam, padres, monges, doutores, estudantes e a população inteira, portando bandeiras e velas, iam cantando ao encontro dele.
O cortejo entrava na igreja ao som do órgão. Diante do altar-mor era colocada uma grande cruz vermelha, da qual pendia uma bandeira com as armas papais e ao lado dela a caixa destinada a receber o dinheiro. As pregações diárias, os cânticos e as procissões ao redor da cruz impressionavam o povo, que se apressava a aproveitar aquela oportunidade incomparável de salvação. A confissão das multidões era feita às pressas, pois o objetivo não era a conversão, mas, sim, o dinheiro. Quem se opusesse à venda de indulgências era ameaçado de excomunhão. Muitos admiravam-se de que Deus amasse tanto o dinheiro a ponto de abandonar as almas no purgatório pelo não-pagamento de alguns florins e que o papa não livrasse de uma vez todas as almas,já que libertava parte delas a favor da construção de uma catedral. Mas ninguém ousava dizer em alta voz o que pensava dos atos de Tetzel.

Já em 1516, Lutero protestava do púlpito contra as cartas de indulgência, insistindo na necessidade de arrependimento. No ano seguinte, atacou as indulgências concedidas aos possuidores de relíquias, sem medo de descontentar Frederico, o Sábio, que possuía um grande número delas. Quando Tetzel iniciou a venda de indulgências na Alemanha, Lutero escreveu aos bispos, suplicando-lhes que se opusessem àquele comércio sacrílego. Alguns receberam o seu pedido com benevolência, outros com desprezo, mas nenhum se dispôs a intervir.
Por isso, na noite de 31 de outubro de 1517,Lutero afixou na porta da igreja do castelo 95 teses contra as indulgências. Não mencionara isso a pessoa alguma, nem mesmo aos amigos, pelo que o espanto foi geral quando, no dia seguinte, l.º de novembro, Dia de Todos os Santos, todos viram publicadas as teses. Era uso entre os professores fazer proposições, não somente para mostrar a sabedoria do autor como também para provocar a discussão pública, da qual talvez resultasse a verdade.
Nas teses, Lutero não atacava a igreja nem o papa. Ao contrário, imaginava defender o papa contra os vendedores de indulgências. nsistia no arrependimento e na contrição, que deviam produzir a vida pura e o horror ao pecado. Não se opunha às indulgências, mas ao abuso. Declarava que o pecador arrependido pode ser perdoado sem carta de indulgência e que o pecador não arrependido jamais o será, ainda que munido de uma daquelas cartas. Ninguém se apresentou em Wittenberg para refutar as teses de Lutero. Tetzel bramia de raiva, insultando e amaldiçoando Lutero do púlpito. Mandou acender uma grande fogueira, na qual pretendia queimar todos os que se opusessem à venda de indulgências e depois imprimiu teses nas quais colocava as decisões dos papas acima das Sagradas Escrituras. Por fim, ameaçou o doutor de Wittenberg com a excomunhão e com castigos terríveis. Lutero não imaginava que as suas teses fossem causar tamanho estrondo.

Depois de afixá-las na igreja do castelo, retirou-se a sua tranqüila cela cheio da paz e da alegria procedentes de um ato realizado em nome do Senhor. A venda das indulgências não foi a causa, mas a primeira ocasião para a Reforma.De modo algum Lutero pensava em reformar a igreja. Conhecera Roma e sua corrupção, porém não se levantava contra Roma. Reconhecia os abusos no seio da cristandade, porém não sonhava reprimi-los. Simplesmente procurava apartar as almas da perdição, como o pastor que, vendo as ovelhas do rebanho seguir uma vereda perigosa, se esforça para fazê-las voltar ao bom caminho. Nesse ponto, a Reforma mostrou muito bem o que era: obra de Deus. Chegara o momento da libertação da igreja. Deus havia escolhido um homem e, sem que ele suspeitasse, o preparara e armara para a luta. Todas as sementes da Reforma achavam-se encerradas nas teses de Lutero. Pela primeira vez, a doutrina evangélica da remissão gratuita dos pecados foi proclamada publicamente. O erro estava fadado a desaparecer diante de tão poderosa verdade.

A princípio, o papa não deu grande importância à causa de Lutero. No entanto, quando viu as proporções que ela tomava, não duvidou de que o poder romano viesse a cair por causa do monge alemão. Por isso, encarregou o dominicano Prierias de refutar as teses. Este cumpriu sua missão, tratando com desprezo o obscuro agostiniano e exaltando o poder do sumo pontífice.
Todo o comentário da epístola é uma exposição da graça e da fé que justifica. Multidões reuniam-se ao redor de Lutero para ouvi-lo.A universidade viu o número de alunos multiplicar-se a tal ponto nos anos que se seguiram à publicação das teses que Lutero escreveu a Espalatino:” É uma verdadeira inundação.A cidade não tem capacidade para hospedar todos os estudantes,e alguns vão embora porque não encontram alojamento”.Havia outro sábio que contribuía para a boa reputação da Universidade de Wittenberg, à qual fora chamado em 1518:Felipe Melâncton. Não somente teólogos, mas também incontáveis ouvintes leigos foram sustentados pela sua palavra. Só no ano de 1520, Lutero mandou publicar mais de cem volumes e brochuras,que os colportores vendiam de cidade em cidade,de casa em casa,fosse pela motivação do lucro,fosse por zelo pela causa.Se alguém não soubesse ler,o que era bastante comum na época,os estudantes em trânsito de uma universidade para outra demoravam-se no caminho para ler aos analfabetos os escritos do reformador.Movido pelo intenso desejo de dar expressão clara e completa à verdade a favor da qual combatia,Lutero publicou uma Carta à nobreza alemã.
A igreja Romana levantou três muralhas que se opõem como obstáculo insuperável a toda reforma: 1)a do poder religioso que se coloca acima do poder civil,2)a da supremacia do papa sobre as Sagradas Escrituras e 3)a do direito de convocar concílios que somente o papa tem.
Cada dia Lutero dedicava três horas à oração. Pedia aos amigos que se unissem a ele em intercessão.

“A oração,entre outras,deve ser a nossa primeira ocupação da manhã e a última da noite.Saibamos defender-nos contra os pensamentos enganosos que nos dizem:”Deixa para mais tarde,ocupa-te de tal ou tal negócio e orarás depois”.Desse modo,troca-se a oração pelas ocupações,e depois que estas lançam mão de nós,não nos largam mais.Quando no fim de nossa súplica dizeis “Amém”,acentuai bem esse amém e de modo algum duvidai de que Deus ponha toda a sua graça em ouvir-vos e não responda sim à vossa oração.Um bom barbeiro tem constantemente os olhos e o pensamento fixos na navalha.Cada coisa,para ser bem feita,requer o homem inteiro.A oração também, para se sincera,exige o coração inteiro”.Lutero não tomou parte ativa na organização da nova igreja, nem fez parte do consistório.Todavia,os domínios da vida moral e social,dos quais parecia não ocupar-se, conheceram a sua influência.Uma vez mantida a paz,contra toda expectativa,a Reforma pôde desenvolver-se e estender-se livremente no império alemão.O sucesso devia-se ao poder da Palavra de Deus e à direção providencial dos acontecimentos.
Lutero depositara grandes esperanças na nação alemã, não duvidando de que ela fosse ligar-se cada vez mais ao evangelho e se prepararia, pela fé e pela paciência, para o dia da luta.Quanto mais o tempo passava, contudo, mais ia ficando desapontado. O mundo lhe parecia mal, e os cristãos indiferentes. Dirigiu um folheto à igreja evangélica, no qual se queixava da conduta imoral dos estudantes, da negligência das autoridades em cumprir as suas altas funções, da avareza e da vida luxuosa dos membros da corte. Prévia catástrofes para a Alemanha: Deus faria passar suas testemunhas pelo fogo da provação, depois dar-se-ia a gloriosa vinda de Cristo e a restauração de todas as coisas. No que diz respeito a sua vida íntima e espiritual, Lutero seguia sem o menor desvio o caminho que lhe fora revelado pelo evangelho e que pregava aos outros. O sentimento de sua indignidade e de sua miséria natural, que nele nunca enfraqueceu, o impelia a refugiar-se com fé singela nos braços da misericórdia divina. Estava certo de sua reconciliação com Deus, da felicidade eterna e da vitória final de Deus sobre o mundo e o diabo. A oração era sua vida. Todos os que o ouviam orar compreendiam de onde lhe vinha força para cumprir a sua obra. Falava a Deus como a um pai, com a liberdade de filho e a humildade de um miserável pecador. Vivia verdadeiramente em Deus.
Mas o melhor alívio, a mais doce distração que Lutero procurava antes de qualquer outra, era a intimidade com a mulher, os filhos e amigos. Convencido da eficácia das relações de família e de amizade, esforçava-se por fazer sair do isolamento as pessoas melancólicas que se dirigiam a ele.

[1] João de Staupitz (c.1460-1524). (N. do E.)
[2] Habacuque 2.4; Romanos 1.17
[3] Ezequiel 18.23
[4] A indulgência plenária concedia a remissão absoluta das penas temporais, nesta vida e na outra. Quem se dispusesse a pagar podia obter antecipadamente o perdão de quaisquer pecados que cometesse no futuro. No período das Cruzadas, muitos nobres receberam a oferta de indulgência plenária para lutar ao lado da Igreja Romana. (N. do E.)
4. AS 95 TESES DE MARTINHO LUTERO

Movido pelo amor e pelo empenho em prol do esclarecimento da verdade discutir-se-á em Wittemberg, sob a presidência do Rev. padre Martinho Lutero, o que segue. Aqueles que não puderem estar presentes para tratarem o assunto verbalmente conosco, o poderão fazer por escrito.
Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.
1ª Tese
Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos...., certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento.
2ª Tese
E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo do ofício dos sacerdotes.
3ª Tese
Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de modificações da carne.
4ª Tese
Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para a vida eterna.
5ª Tese
O papa não quer e não pode dispensar outras penas, além das que impôs ao seu alvitre ou em acordo com os cânones, que são estatutos papais.
6ª Tese
O papa não pode perdoar divida senão declarar e confirmar aquilo que Já foi perdoado por Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida deixaria de ser em absoluto anulada ou perdoada.
7ª Tese
Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera humildade, ao sacerdote, seu vigário.
8ª Tese
Canones poenitendiales, que não as ordenanças de prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas aio Impostas aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.
9ª Tese
Eis porque o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluído este de todos os seus decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema
10ª Tese
Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõem aos moribundos poenitentias canonicas ou penitências para o purgatório a fim de ali serem cumpridas.
11ª Tese
Este joio, que é o de se transformar a penitência e satisfação, Previstas pelos cânones ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado quando os bispos se achavam dormindo.
12ª Tese
Outrora canonicae poenae, ou sejam penitência e satisfação por pecadores cometidos eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a sinceridade do arrependimento e do pesar.
13ª Tese
Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição.
14ª Tese
Piedade ou amor Imperfeitos da parte daquele que se acha às portas da morte necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto menor o amor, tanto maior o temor.
15ª Tese
Este temor e espanto em si tão só, sem falar de outras cousas, bastam para causar o tormento e o horror do purgatório, pois que se avizinham da angústia do desespero.
16ª Tese
Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza.
17ª Tese
Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto das almas, nelas também deve crescer e aumentar o amor.
18ª Tese
Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas ações e nem pela Escritura, que as almas no purgatório se encontram fora da possibilidade do mérito ou do crescimento no amor.
19ª Tese
Ainda parece não ter sido provado que todas as almas do purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem por ela, não obstante nós termos absoluta certeza disto.
20ª Tese
Por isso o papa não quer dizer e nem compreende com as palavras “perdão plenário de todas as penas” que todo o tormento é perdoado, mas as penas por ele impostas.
21ª Tese
Eis porque erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante a indulgência do papa.
22ª Tese
Pensa com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas no purgatório das que segundo os cânones da Igreja deviam ter expiado e pago na presente vida.
23ª Tese
Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado aos mais perfeitos, que são muito poucos.
24ª Tese
Assim sendo, a maioria do povo é ludibriada com as pomposas promessas do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas.
25ª Tese
Exatamente o mesmo poder geral, que o papa tem sobre o purgatório, qualquer bispo e cura d'almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo especial e quer para com os seus em particular.
26ª Tese
O papa faz muito bem em não conceder às almas o perdão em virtude do poder das chaves (ao qual não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão.
27ª Tese
Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório.
28ª Tese
Certo é que no momento em que a moeda soa na caixa vêm o lucro e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.
29ª Tese
E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas, quando há quem diga o que sucedeu com Santo Severino e Pascoal.
30ª Tese
Ninguém tem certeza da suficiência do seu arrependimento e pesar verdadeiros; muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus pecados.
31ª Tese
Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e, pesar verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência, sendo bem poucos os que se encontram.
32ª Tese
Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.
33ª Tese
Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus.
34ª Tese
Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada por homens.
35ª Tese
Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.
36ª Tese
Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.
37ª Tese
Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência.
38ª Tese
Entretanto se não deve desprezar o perdão e a distribuição por parte do papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão constitui uma declaração do perdão divino.
39ª Tese
É extremamente difícil, mesmo para os mais doutos teólogos, exaltar diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência e ao contrário o verdadeiro arrependimento e pesar.
40ª Tese
O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo: mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo menos quando há oportunidade para isso.
41ª Tese
É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência papal para que o homem singelo não julgue erroneamente ser a indulgência preferível às demais obras de caridade ou melhor do que elas.
42ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e opinião do papa que a aquisição de indulgência de alguma maneira possa ser comparada com qualquer obra de caridade.
43ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos proceder melhor quem dá aos pobres ou empresta aos necessitados do que os que compram indulgências.
44ª Tese
Ê que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o homem torna-se mais piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor senão mais seguro e livre da pena.
45ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgências do papa. mas provoca a ira de Deus.
46ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura , fiquem com o necessário para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com indulgências.
47ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, ser a compra de indulgências livre e não ordenada
48ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa precisa conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro.
49ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, serem muito boas as indulgências do papa enquanto o homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais quando, em conseqüência delas, se perde o temor de Deus.
50ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa tivesse conhecimento da traficância dos apregoadores de indulgências, preferiria ver a catedral de São Pedro ser reduzida a cinzas a ser edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por dever seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de indulgências, vendendo, se necessário fosse, a própria catedral de São Pedro.
52º Tese
Comete-se injustiça contra a Palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação da Palavra do Senhor.
53ª Tese
São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da prédica de indulgências proíbem a Palavra de Deus nas demais igrejas.
54ª Tese
Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências, mesmo se o próprio papa oferecesse sua alma como garantia.
55ª Tese
A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a indulgência, que é a causa menor, com um sino, uma pompa e uma cerimônia, enquanto o Evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado mediante cem sinos, centenas de pompas e solenidades.
56ª Tese
Os tesouros da Igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências, não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecido na Igreja de Cristo.
57ª Tese
Que não são bens temporais, é evidente, porquanto muitos pregadores a estes não distribuem com facilidade, antes os ajuntam.
58ª Tese
Tão pouco são os merecimentos de Cristo e dos santos, porquanto estes sempre são eficientes e, independentemente do papa, operam salvação do homem interior e a cruz, a morte e o inferno para o homem exterior.
59ª Tese
São Lourenço aos pobres chamava tesouros da Igreja, mas no sentido em que a palavra era usada na sua época.
60ª Tese
Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, a ela dado pelo merecimento de Cristo.
61ª Tese
Evidente é que para o perdão de penas e para a absolvição em determinados casos o poder do papa por si só basta.
62ª Tese
O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63ª Tese
Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos.
64ª Tese
Enquanto isso o tesouro das indulgências é sabiamente o mais apreciado, porquanto faz com que os últimos sejam os primeiros.
65ª Tese
Por essa razão os tesouros evangélicos outrora foram as redes com que se apanhavam os ricos e abastados.
66ª Tese
Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens.
67ª Tese
As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos.
68ª Tese
Nem por isso semelhante indigência não deixa de ser a mais Intima graça comparada com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69ª Tese
Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências apostólicas com toda a reverência-
70ª Tese
Entretanto têm muito maior dever de conservar abertos olhos e ouvidos, para que estes comissários, em vez de cumprirem as ordens recebidas do papa, não preguem os seus próprios sonhos.
71ª Tese
Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado.
72ª Tese
Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências papais é excomungado e maldito.
73ª Tese
Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar com a excomunhão aos que em prejuízo do comércio de indulgências procedem astuciosamente.
74ª Tese
Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão àqueles que, sob o pretexto de indulgência, prejudiquem a santa caridade e a verdade pela sua maneira de agir.
75ª Tese
Considerar as indulgências do papa tão poderosas, a ponto de poderem absolver alguém dos pecados, mesmo que (cousa impossível) tivesse desonrado a mãe de Deus, significa ser demente.
78 ª Tese
Bem ao contrario, afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo o menor pecado venial pode anular o que diz respeito à culpa que constitui.
77ª Tese
Dizer que mesmo São Pedro, se agora fosse papa, não poderia dispensar maior indulgência, significa blasfemar S. Pedro e o papa.
78ª Tese
Em contrario dizemos que o atual papa, e todos os que o sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o Evangelho, as virtudes o dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1Coríntios 12.
79ª Tese
Afirmar ter a cruz de indulgências adornada com as armas do papa e colocada na igreja tanto valor como a própria cruz de Cristo, é blasfêmia.
80ª Tese
Os bispos, padres e teólogos que consentem em semelhante linguagem diante do povo, terão de prestar contas deste procedimento.
81ª Tese
Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e insolentemente a Indulgência, faz com que mesmo a homens doutos é difícil proteger a devida reverência ao papa contra a maledicência e as fortes objeções dos leigos.
82 ª Tese
Eis um exemplo: Por que o papa não tira duma só vez todas as almas do purgatório, movido por santíssima' caridade e em face da mais premente necessidade das almas, que seria justíssimo motivo para tanto, quando em troca de vil dinheiro para a construção da catedral de S. Pedro, livra um sem número de almas, logo por motivo bastante Insignificante?
83ª Tese
Outrossim: Por que continuam as exéquias e missas de ano em sufrágio das almas dos defuntos e não se devolve o dinheiro recebido para o mesmo fim ou não se permite os doadores busquem de novo os benefícios ou pretendas oferecidos em favor dos mortos, visto' ser Injusto continuar a rezar pelos já resgatados?
84ª Tese
Ainda: Que nova piedade de Deus e dó papa é esta, que permite a um ímpio e inimigo resgatar uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não resgatar esta mesma alma piedosa e querida de sua grande necessidade por livre amor e sem paga?
85ª Tese
Ainda: Por que os cânones de penitencia, que, de fato, faz muito caducaram e morreram pelo desuso, tornam a ser resgatados mediante dinheiro em forma de indulgência como se continuassem bem vivos e em vigor?
86ª Tese
Ainda: Por que o papa, cuja fortuna hoje é mais principesca do que a de qualquer Credo, não prefere edificar a catedral de S. Pedro de seu próprio bolso em vez de o fazer com o dinheiro de fiéis pobres?
87ª Tese
Ainda: Quê ou que parte concede o papa do dinheiro proveniente de indulgências aos que pela penitência completa assiste o direito à indulgência plenária?
88ª Tese
Afinal: Que maior bem poderia receber a Igreja, se o papa, como Já O faz, cem vezes ao dia, concedesse a cada fiel semelhante dispensa e participação da indulgência a título gratuito.
89ª Tese
Visto o papa visar mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que revoga os breves de indulgência outrora por ele concedidos, aos quais atribuía as mesmas virtudes?
90ª Tese
Refutar estes argumentos sagazes dos leigos pelo uso da força e não mediante argumentos da lógica, significa entregar a Igreja e o papa a zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.
91ª Tese
Se a Indulgência fosse apregoada segundo o espírito e sentido do papa, aqueles receios seriam facilmente desfeitos, nem mesmo teriam surgido.
92ª Tese
Fora, pois, com todos estes profetas que dizem ao povo de Cristo: Paz! Paz! e não há Paz.
93ª Tese
Abençoados sejam, porém, todos os profetas que dizem à grei de Cristo: Cruz! Cruz! e não há cruz.
94ª Tese
Admoestem-se os cristãos a que se empenhem em seguir sua Cabeça Cristo através do padecimento, morte e inferno.
95ª Tese
E assim esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas tribulações do que facilitados diante de consolações infundadas.

BIBLIOGRAFIA:

CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos. Uma nova História da Igreja Cristã. Nova Edição Revisada e Ampliada. Editora Vida Nova.

SAUSSRE, A. de. Lutero: O grande reformador que revolucionou seu tempo e mudou a história da igreja. Editora vida.
BÍBLIA DE ESTUDO APOLOGÉTICA, ICP.

www.monergismo.com.br

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

MINISTRO DA PALAVRA?

QUEM É O MINISTRO DA PALAVRA?



Quem é o ministro da Palavra? É aquele que traduz Cristo na Bíblia; quer dizer, ele fala às pessoas sobre Cristo que conheceu nas palavras da Bíblia, de modo que naqueles que recebem a Bíblia o Espírito Santo traduz novamente a Cristo. (...).
Os homens precisam conhecer a Cristo. Aquele que possui um conhecimento básico de Cristo é capaz de enviá-lo nas palavras da Bíblia; subseqüentemente, o Espírito Santo assumirá Sua responsabilidade. (...).
Falar somente sobre a Bíblia não é suficiente para apresentar Cristo, é preciso que haja conhecimento Dele para que isso seja feito.
Um ministro da Palavra é alguém capaz de compartilhar o Senhor por meio das palavras que fala. Enquanto as palavras são pronunciadas, o Espírito Santo opera capacitando os homens a tocar e conhecer a Cristo. Somente dessa maneira a Igreja pode ser enriquecida. Não pensemos que os ouvintes devem assumir toda a responsabilidade. A verdade é que nós mesmos temos de assumir a responsabilidade. (...).

(...) Tendo sido escolhido por Deus para ser seu ministro, você fala sobre a Bíblia e assim fala também sobre o Homem. Quando oferece as palavras da Bíblia aos homens, você oferece também o Homem, pois está pregando a Cristo.

A verdadeira pregação proclama a Cristo. (...) A menos que o indivíduo tenha se prostrado diante de Deus, dizendo “ó Senhor, sou indigno”, não pode ser ministro da Palavra. (...) Não é transmitir uma mensagem, mas transmitir um Homem.

Trata-se de uma tarefa enorme, uma tarefa que supera em muito todas as habilidades humanas. (...)

Ser ministro da Palavra é uma questão séria, que não deve ser encarada levianamente; não é uma tarefa fácil, que pode ser realizada apenas lendo a Bíblia muitas vezes. Um ministro da Palavra deve ser capaz de oferecer Cristo às pessoas e ajudá-las a tocar Nele por meio de suas palavras.

WATCHMAN NEE
Livro: O Ministério da palavra de Deus. pp. 165-168.
Ed. Dos Clássico

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A DIVINDADE DE JESUS 

Subsídio para Lição 1, da revista betel “Jesus Cristo, o Mestre da Evangelização” comentada neste trimestre pelo Pr. Dilmo dos Santos.

“No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (João 1.1 ARC).

O maior milagre narrado nas Sagradas Escrituras para mim, infelizmente é um dos que hoje tem sido esquecido em muitos sermões dos pregadores da atualidade. Não são os relatos como da passagem do mar vermelho e da formação do povo de Israel, curas milagrosas e ressurreições de mortos. Nem mesmo o Milagre da profecia bíblica. O maior milagre para mim é o nascimento de Jesus Cristo, o Senhor. As Escrituras afirmam claramente que Jesus Cristo é Deus encarnado. A Palavra encarnação não se encontra na Bíblia, porém esse termo é utilizado para referir-se ao fato de que Jesus era Deus em carne humana. Ou seja: O Deus cuja grandeza é imensurável, que os céus dos céus não podem conter (1 Rs 8.27,Is 66.1,2), se fez pequeno, e assumiu a forma humana (Fp 2.5-11), de modo milagroso. Falando a respeito disso em seu comentário sobre o prólogo do evangelho de João (1.1-18), D. A. Carson comenta:

“Mas, de forma suprema, o Prólogo resume como a ‘Palavra’, que estava junto com Deus no princípio, entrou na esfera do tempo, da história, da tangibilidade – em outras palavras, como o Filho de Deus foi enviado ao mundo para tornar-se o Jesus da história, de forma que a glória e graça de Deus pudessem ser manifestadas de modo singular e perfeito. O restante do livro não é nada mais que uma ampliação desse tema.”[1]

Esta afirmação de que Jesus Cristo é Deus é importante não apenas na questão da redenção, mas também na própria e maior revelação de Deus para nós, pois como o próprio evangelho de João diz no seu primeiro capítulo, versículo 18: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito que está no seio do Pai, este o fez conhecer”. Em Jesus Cristo, temos a maior revelação da pessoa de Deus para a humanidade. O próprio Jesus afirma: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim, vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?

Vejamos então o testemunho da Palavra de Deus a respeito da divindade de Jesus:

No novo testamento as afirmações sobre a divindade de Cristo é bem ampla. Existem alegações bíblicas diretas de que Jesus é Deus:

A.      A palavra Deus (theos) é atribuída a Cristo. Essa palavra no Novo Testamento não é só atribuída a Deus Pai, mas também para Jesus, mostrando ele como criador e sustentador de todas as coisas: João 1.1, João 1.18, João 20.28; Romanos 9.5; Tito 2.13; Hebreus 1.8 citando Salmo 45.6 e 2 Pedro 1.1.

B.      A Palavra Senhor (Kyrios) atribuída a Cristo. Apesar desta palavra ser usada também em sentido respeitoso, ou para designar patrão, em relação a Jesus ela é usada para designar Jesus como criador e mantenedor de todas as coisas, pois esta palavra foi usada para traduzir “Javé” (yhwh) para “Senhor” ou “Jeová”, 6.814 vezes no Antigo Testamento grego, a Septuaginta, usada comumente nos dias de Jesus. (Mateus 3.13 citando Isaías 40.3; Mateus 22.44 citando Salmo 110.1; Lucas 1.43; 2.11; Apocalipse 19.16; e outras).

C.      Culto divino prestado a Cristo. (João 5.23; 13.13; 20.28; Mateus 14.33; Lucas 5.8) e orações são dirigidas para ele (1 Co 1.2; 2 Co 12.8,9, Atos 7.59).

O Uso da Palavra “Logos” em João 1.1:

                Existem algumas linhas de pensamento que atribuem o uso da palavra “logos” por João como influência da filosofia grega. Entretanto, entendo que não devemos acreditar que seja esse o objetivo de João nesta afirmação pela própria evidência do evangelho, onde vemos que João sempre se refere ao Antigo testamento como referência de suas afirmações. Lá no Antigo testamento, o “Logos” que quer dizer “Verbo” ou “Palavra” está ligada com a poderosa atividade de Deus na criação (Gn 1.3ss; Salmo 33.6), revelação (Jeremias 1.4; Isaías 9.8; Ezequiel 33.7; Amós 3.1,8), libertação (Salmo 107.20; Isaías 55.11).

Se Jesus não é Deus, não pode haver salvação e nem cristianismo, pois as Escrituras claramente mostram que nenhum ser criado, finito, poderia salvar o homem, carregar os pesos dos pecados da humanidade, revelar Deus de forma plena e ser mediador entre Deus Pai e a humanidade. Cristo é Deus. Portanto, podemos confiar no testemunho da escritura que diz: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10.13; Atos 4.12).

Deus abençoe e bons estudos!

Ev. Alan G. Sá
_______________________________________________________________________
Bibliografia:
Biblia de Estudo Pentecostal.
Teologia Sistemática, Wayne Grudem.
O Comentário de João, D. A. Carsom

quinta-feira, 22 de março de 2012

O VERDADEIRO E O FALSO DISCIPULADO

O VERDADEIRO E O FALSO DISCIPULADO (MT 7.21-27)

Estavam todos os discípulos atentos e admirados com os ensinamentos de Jesus, e com sua fala, "com autoridade, e não como os escribas" (Mt 7.28, 29), quando no final de seu ensinamento o Senhor Jesus termina com uma solene declaração de advertência: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus." (Mt 7.21).

O que ele quer dizer com isso? E que relevância tem isto para nós que o seguimos hoje?

O SENHOR JESUS CRISTO AFIRMOU QUE MUITOS QUE SE CONSIDERAM SEGUIDORES, DISCÍPULOS DELE, FICARÃO DECEPCIONADOS.

DECEPCIONADOS pois viveram um falso discipulado. FALSO pois era baseado apenas em uma confissão religiosa: "Nem todo o que me diz Senhor, Senhor". Jesus nunca disse que uma mera religiosidade seria meio de salvação. Basta vermos seus embates com os fariseus, saduceus e escribas. O diálogo com Nicodemos é revelador: É necessário nascer de novo para ver o Reino de Deus (João 3).

DECEPCIONADOS pois viveram um FALSO DISCIPULADO firmados apenas em dons e sinais miraculosos: "Muitos me dirão: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?" (Mateus 7. 22). NUNCA DEVEMOS ESQUECER QUE MUITOS DAQUELES QUE VIRAM O MAR SE ABRIR E VIRAM OS SINAIS MIRACULOSOS DE DEUS NO DESERTO, POR NÃO CREREM EM SUA PALAVRA NÃO ENTRARA NA TERRA PROMETIDA.

O QUE FAZER? COMO SER UM DISCÍPULO VERDADEIRO?

JESUS disse que O VERDADEIRO DISCIPULADO É FIRMADO NA SUA PALAVRA.

O DISCÍPULO QUE CONHECE E PRATICA SUA PALAVRA é conhecido dEle (João 14.21)

O DISCÍPULO QUE É FIRMADO NA PALAVRA DE JESUS fica firme em meio aos sofrimentos da vida (Mateus 7.24-25).

O VERDADEIRO DISCIPULADO ESTÁ baseado no conhecimento e prática da Palavra de Deus.

Que possamos viver e ensinar o verdadeiro discipulado em Cristo Jesus, para Glória de Deus!

Ev. Alan
www.manejandobemapalavradaverdade.blogspot.com

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

FORMATURA DO 1º CURSO PREPARATÓRIO PARA DISCIPULADORES E CONFRATERNIZAÇÃO DE FINAL DE ANO 2011

No dia 24/09/2011 tivemos a alegria de concluir o nosso curso preparatório para discipuladores, ministrado em nossa igreja, Assembléia de Deus em Jd. Helena, Min. Brás-SP, ministrado pelo Ev. Alan Gomes de Sá, com participação do grupo de evangelismo e discipulado de nossa igreja.

Foi uma grande alegria ver o comprometimento de nossos irmãos com a causa do Senhor Jesus Cristo, e o despertar de um compromisso com evangelismo e missões na vida de nossos irmãos, levando o "Ide e Fazei Discipulos" conforme Jesus ensinou, a prioridade de suas vidas.

Agradecemos ao Pr. Natanael e ao ministério de nossa igreja, pelo apoio e oportunidade nesse departamento. Agradecemos ao Dc. Antonio Kobashigawa (acho que é assim que escreve rs) e sua esposa Nilza, a irmã Márcia T. Raso, e a cada irmão deste grupo.

Neste ano de 2012, querendo Deus, haverá novas edições deste curso.

Foram muitos os gigantes que tivemos de enfrentar nesse ano que passou, dificuldades imensas mas que não foram suficientes para impedir a vontade de Deus na vida de cada um dos irmãos comprometidos em sua obra. A semente do evangelho é regada com oração e lágrimas diante do Senhor, em intercessão para salvação e transformação de vidas, e podemos nos alegrar com a colheita de novas vidas que nasceram de novo em Cristo Jesus.

Também ficará a suadade de nossos irmãos que partiram para o Senhor, com a esperança de nos revermos novamente na eternidade.

Queremos agradecer a cada irmão que participou e se empenhou nesse ano que passou, orando, contribuido e indo conosco. Aprendemos muito neste 2011 e nossa oração neste ano de 2012 é que possamos viver uma grande colheita de vidas para o Senhor Jesus Cristo.

Deus em Cristo Jesus continue abençoando a todos poderosamente!

 Ev. Alan G. de Sá
www.manejandobemapalavradaverdade.blogspot.com

NA ESCOLA DA ORAÇÃO (DESENVOLVENDO UMA VIDA DE COMUNHÃO COM DEUS). Lucas 22.39-46.

LIÇÃO 12: NA ESCOLA DA ORAÇÃO (DESENVOLVENDO UMA VIDA DE COMUNHÃO COM DEUS). Lucas 22.39-46.



OBJETIVO: Levar o Novo Convertido, mostrando biblicamente, a ter uma vida de oração, conscientizando-o sobre sua importância e valor para sua saúde e crescimento espiritual. Podemos também acrescentar nossos próprios testemunhos de respostas de oração durante nosso discipulado.



O texto acima fala sobre a oração que Jesus Cristo fez em um dos momentos mais difíceis de seu ministério, que foi pouco antes de sua prisão e consequente crucificação. Podemos ver algumas coisas importantes neste texto sobre a vida de oração de Jesus que devemos aprender e fazer, pois somos seus discípulos, seus seguidores, por exemplo: A oração deve ser costumeira (Lc 22.39) era costume de Jesus orar ali, não apenas de vez em quando; A oração de Jesus era para que Deus fizesse a Sua vontade (Lc 22.42); Devemos orar para não entrar em tentação (Lc 22.46). Os discípulos admiravam a vida de oração de Jesus e pediram que Jesus os ensinasse a orar (Lc 11.1). Mas algumas perguntas vêm a nossa mente e a bíblia nos traz as respostas: O que é oração? Por que orar? Como e onde orar?

O que é oração?

Pode ser definida assim: Oração é a comunicação pessoal com Deus. É uma definição muito ampla, pois abrange tudo, desde nossa oração com pedidos pessoais, intercessão, adoração, até os indicativos da resposta divina para nós.

Por que Deus quer que oremos?

Não oramos para que Deus descubra as nossas necessidades, pois Jesus disse: “... Deus, vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais” (Mateus 6.8). Se a Palavra de Deus diz assim, então por que Deus quer que oremos? Podemos listar três motivos Bíblicos:

A oração exprime nossa confiança em Deus e é um meio pela qual nossa confiança nele pode crescer. Devemos orar com fé em Deus e em seu caráter (Mt 6.9; Lc 11.9-12; Lc 11.13; Mt 21.22; Mc 11.24; Tg 1.6-8; 5.14-15)

Deus quer que o amemos e tenhamos com Ele comunhão. A oração sem dúvia aprofunda a nossa comunhão com Deus, que deseja que o amemos e tenhamos comunhão com ele (Gênesis 5.21-24; Hebreus 11.5-6)

Na oração, Deus permite que nós, suas criaturas, nos envolvamos em atividades de importância eterna. Quando oramos, a obra do reino avança. Dessa forma, a oração oferece-nos a oportunidade de nos envolver de modo significativo, na obra do reino. (Mt 9.38; Lc 18.1-8).

Como e onde Orar?

Podemos orar de joelhos (Efésios 3.14). Muitos consideram esta a melhor maneira de conversar com Deus, pois demonstra humildade, reverência e submissão. Podemos orar de pé (2 Cronicas 20.5,6), Deitado (2 Reis 20.2,3). Podemos orar no templo (Mt 21.13), em particular (Mt 6.6), em família (At 12.5-12). Também podemos lembra que a oração pode ser feita ao levantar-se, ao deitar-se, enfim, em todo tempo (1 Tessalonicenses 5.17).

Deus nos concede vitória através da oração.

Nas tentações (Mateus 4) Jesus é o maior exemplo.

Nas enfermidades e nas dificuldades (Atos 27.34)

NÃO PODEMOS ESQUECER QUE A ORAÇÃO EFICAZ É POSSÍVEL POR INTERMÉDIO DE NOSSO MEDIADOR JESUS CRISTO: 1 Timóteo 2.5; Hb 4.14-16.

Nós podemos orar em nome de Jesus (João 14.13-14; 16.23-24; Ef 5.20). Se nos apresentamos em nome de alguém, isso significa que a outra pessoa nos deu permissão para que nos apresentássemos com a autoridade dela, não com a nossa. Então, dizer “em nome de Jesus” ao final da oração, quer dizer que oramos com a autorização dEle, crendo no seu caráter.

Que sejamos praticantes da oração para nossa edificação espiritual, no templo, em casa com a família, a sós com Deus, demonstrando nosso amor e crescendo em comunhão com Ele.

Ev. Alan



 
BIBLIOGRAFIA:

Teologia Sistemática, Wayne Grudem.

Discipulado para Novos Convertidos, revista CPAD

APRESENTANDO O PLANO DE DEUS PARA SALVAÇÃO DA HUMANIDADE.

LIÇÃO 11: APRESENTANDO O PLANO DE DEUS PARA SALVAÇÃO DA HUMANIDADE.
(João 3.16)



“Jesus te ama”. Esta talvez seja uma das frases que mais usamos na evangelização. Porém por não entendermos ou não explicarmos o significado deste amor, esta frase é recebida com muito descaso por muitas pessoas. Entretanto, quando alguém recebe a Cristo, é dever do discipulador explicar a ele o significado deste amor, bem como responder outras perguntas que surgem como, por exemplo, “por que de seguir a Cristo?” ou “Por que Jesus morreu por nossos pecados?” Estas e outras perguntas começam a ser respondidas quando apresentamos o plano de Deus para a salvação da humanidade. Os tópicos a seguir, apesar de serem discutidos e desacreditados pelos homens, são tidos como fato pela Palavra de Deus:

1ºFATO: SOMOS CRIADOS POR DEUS (Gn 1.26-27)

Esse Deus nos ama, não quer que nenhum de nós se perca, mas que todos tenhamos a vida eterna.


2ºFATO: TODOS NÓS SOMOS PECADORES (Gn 3.1ss; Rm 3.23-24; 5.12-21; 6.23.)

Os nossos pecados precisam ser removidos para que tenhamos a vida eterna com Deus.

Pecado é qualquer coisa que Deus nos disse para não fazer, A Bíblia diz que "todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Rm 3.23).Nossos pecados nos separam de Deus.

3º FATO: JESUS CRISTO É A PROVISÃO DE DEUS PARA A SALVAÇÃO DA HUMANIDADE

Deus nos amou tanto que enviou à terra Seu Único Filho Jesus Cristo, em forma de homem (João 3.16). Deus fez com que Jesus morresse na cruz para pagar os nossos pecados com o Seu sangue. Ele levou sobre Seu corpo os nossos pecados na cruz para que pudéssemos chegar até Deus (1 Pe 2.24; 3.18).

A Bíblia diz: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5.8). A Bíblia também diz: ”Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16).

4º FATO: JESUS CRISTO RESSUSCITOU DOS MORTOS (1 Corintios 15. 3-8)

A sua ressurreição mostra que Ele é quem dizia ser: O Filho de Deus! As pessoas sepultaram Jesus numa tumba. Puseram uma enorme pedra como porta, para fechar o sepulcro. Soldados vigiavam o sepulcro. Deus enviou um anjo para retirar a grande pedra e assustar os soldados. Deus ressuscitou a Jesus dentre os mortos! Pouco depois, Deus levou Jesus de volta para os céus. Jesus pagou o preço pelos nossos pecados e venceu a morte.

5º FATO: JESUS É O ÚNICO CAMINHO QUE NOS LEVA A DEUS (ATOS 4.12; 1 TIMÓTEO 2.5,6)

Jesus disse na Bíblia: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6). Através de Jesus, podemos obter o perdão de todos os nossos pecados e ficar com Deus para sempre.

6º FATO: PRECISAMOS NOS ENTREGAR À JESUS CRISTO PARA TERMOS VIDA ETERNA Entretanto, somente saber estas coisas não é suficiente! Devemos decidir colocar nossa fé em Jesus – confiar que Ele pode nos salvar dos nossos pecados.

Se não tomarmos o passo de confiar em Jesus, os nossos pecados não serão perdoados (Hb 4.2). A Bíblia diz que quem crê em Jesus tem a vida eterna e não é condenado. Mas quem não crê em Jesus já está condenado, e a ira de Deus está sobre ele (Jo 3.16,18,36). O castigo do pecado é a morte, mas a vida eterna através de Jesus é um presente gratuito de Deus (Romanos 6.23; 8.1)

Pode ser que ao apresentar o plano da salvação, exista alguém que queira se decidir por Jesus Cristo, ou até mesmo a pessoa que está sendo discipulada queira se entregar de coração para Jesus, (pode ser que ela ao ir a frente, queria apenas uma oração) então pergunte: Você quer confiar em Jesus agora mesmo e ser salvo? (se a resposta for SIM, continue)

A Bíblia diz: "Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" (Rm 10.9). Eu posso ajudar você a fazer uma oração a Deus. Mas lembre-se: não é pelo fato de dizer estas palavras que você estará salvo. Deus está olhando para o seu coração, para ver a verdadeira fé em Jesus. (Ore com o novo convertido e depois mostre a Ele o que a Bíblia diz sobre todos aqueles que creram em Jesus Cristo e se entregaram a ele-os crentes em Jesus):

Se você tomar este passo de crer em Jesus Cristo hoje, o que a Bíblia diz a seu respeito é: "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus" (Jo 1.12). Jesus disse também: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão" (Jo 10.27,28). Ver também João 5.24.

AO FALARMOS DO PLANO DA SALVAÇÃO PODEMOS DAR UMA BREVE INTRODUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS PASSOS DO DISCIPULADO: Passos para os que seguem a Cristo!

AME a Deus e a todas as pessoas.

"Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22.36-40).

ESTUDE a Bíblia (a Palavra de Deus) diariamente.

Comece com o Evangelho de João. Leia um capítulo por dia.

"Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação" (1 Pe 2.2).

"Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra" (Jo 14.23).


ORE a Deus constantemente.

Em oração, você pode agradecer, adorar a Deus e pedir Sua ajuda. Pode também confessar seus pecados e orar por outros.

"Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus" (Fp 4.6,7).

REÚNA-SE regularmente com outros cristãos.

Deus manda que os cristãos se reúnam regularmente para adorá-lo, orar, estudar a Bíblia e ajudar aos outros.

"Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações..." (Hb 10.25).

CONTE a outros as boas noticias de Jesus Cristo.

Deus quer que contemos às outras pessoas como podem ter a vida eterna com Deus ao confiar em Jesus Cristo para salvá-los dos seus pecados. "E disse-lhes [Jesus]: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15).

Observação: todos esses passos podem ser utilizados com o evangecube!

Ev. Alan


www.evangelismoitaquerao.blogspot.com

Referências:

BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, CPAD.
www.e3resources.org /Editora Elim www.editoraelim.com.br